Felipe Passos foi condenado em primeira instância por 'rachadinha' e assédio sexual
Informa o portal A Rede de Ponta Grossa que a Comissão Parlamentar Processante (CPP) da Câmara de Vereadores continuará seus trabalhos de investigação após receberem pedido de análise para a suspensão do processo pela defesa do parlamentar.
Junto a isso, os membros solicitaram a apresentação de provas para sustentar os argumentos, tanto para quem denunciou Passos, quanto para os próprios advogados do tucano.
Além de manter a CPP, os vereadores denunciantes Josi Kieiras (PSOL) e Geraldo Stocco (PV), bem como a defesa do denunciado Felipe Passos, foram intimados e tem cinco dias para apresentarem provas para serem analisadas na fase de instrução do processo – conforme nota oficial.
A comissão é composta pelos vereadores Missionária Adriana (presidente), Léo Farmacêutico (relator) e Divo (relator). A investigação na Câmara Municipal foi instaurada após denúncia dos parlamentares Stocco e Josi. Eles se basearam na condenação de Passos pela Justiça, em primeira instância, pelos crimes de “rachadinha” – quando o político se apropria de parte dos salários dos assessores – e assédio sexual.
A defesa do vereador tucano alega que é possível recorrer da decisão no âmbito do judiciário e inclusive ele já teria sido absolvido de outras nove acusações. Apesar dos advogados acreditarem que a CPP seja precipitada por ainda não existir decisão em trânsito em julgado – sem mais brecha para recurso -, os representantes já esperavam o seguimento da investigação dentro da Câmara.
Os advogados do vereador Felipe, Doutores Herculano Abreu Filho e Fernando Madureira, disseram que já esperavam pela decisão da CPP no processo em desfavor a seu cliente.
No fim dos trabalhos da CPP, em votação no plenário, o vereador denunciado pode ser cassado, e assim, perder o mandato. No entanto, uma investigação desse porte tende a ser demorada. No famoso caso do "auto-sequestro" da vereadora Ana Maria de Holleben, à época no PT, a investigação durou mais de sete meses.
A abertura da CPP contra Felipe Passos foi endossada pela grande maioria dos vereadores. Foram 15 favoráveis, enquanto outros dois se disseram contrários: Divo e Paulo Balansin, ambos do PSD. Além deles, o presidente da Câmara Filipe Chociai (PSD) não participa da votação por conta do cargo que ocupa e o vereador Sargento Guiarone (PRTB) estava ausente no momento em que o caso foi analisado. No lugar do denunciado Passos e dos denunciantes Josi e Stocco votaram os suplentes Paulo Sérgio (PSDB), Professor Ricardo (Psol) e Márcio Schirlo (PSB). Os três foram favoráveis à CPP.
COMENTÁRIO DO JACU:
Esse é mais um caso de ‘rachadinha’ de tantos que infestam a política em vários pagos do Paraná e Brasil. Como tem político que gosta de pegar um troquinho a mais do funcionário comissionado, achando que está fazendo um ‘favorzão’ lhe dando emprego. Não que seja esse caso, pois está sob investigação. Mas é algo que já virou cultural da “politicaiada”. São poucos que não praticam essa barbaridade.